O atraso na fala é uma condição que pode impactar bastante o desenvolvimento infantil. A comunicação verbal evolui naturalmente, começando com balbucios e progredindo para palavras curtas até a formação de frases completas. No entanto, alguns fatores podem atrasar essa evolução. Quando isso acontece, a intervenção profissional é essencial. O acompanhamento médico e fonoaudiológico ajuda a criança a superar essas dificuldades, incentivando a comunicação e prevenindo problemas a longo prazo.

Quanto mais cedo o tratamento começar, melhores são as chances de sucesso. Para isso, é fundamental que os pais fiquem atentos aos sinais de atraso na fala que a criança apresenta no dia a dia. Confira tudo sobre essa condição e aprenda a identificá-la o quanto antes para buscar o apoio profissional necessário!

O que é atraso na fala? 

O atraso na fala ocorre quando a criança não desenvolve as habilidades de linguagem e comunicação no ritmo esperado para a idade. Para identificar essa condição, os profissionais usam os marcos de desenvolvimento infantil como referência. Eles servem como um guia para monitorar o crescimento da criança, indicando as habilidades que ela deve adquirir em cada faixa etária. 

Embora cada pequeno tenha seu ritmo, seguir essa métrica é fundamental. Quando um marco não é alcançado, pode ser um sinal de atraso na fala. Por exemplo: espera-se que uma criança de dois anos já combine duas ou mais palavras para formar frases curtas. Se isso não acontece, é um indicativo de que pode haver um atraso na fala.

Quais são as causas do atraso na fala? 

A fala é o resultado de um complexo processo biológico que envolve o ouvido, o cérebro e a boca. Primeiro, a criança escuta os sons ao seu redor. Em seguida, o cérebro decodifica esses sons, compreendendo o seu significado. Por fim, ele envia sinais aos músculos da boca para que eles reproduzam o som. O atraso na fala ocorre quando há um problema em alguma etapa desse processo. As dificuldades auditivas são a causa mais comum. Veja os principais motivos do atraso na fala em crianças:

• Problemas auditivos: Crianças com dificuldades de audição não conseguem ouvir bem os sons e as palavras. Consequentemente, têm dificuldade para reproduzi-los, o que afeta diretamente o desenvolvimento da fala.

• Problemas motores de fala: Dificuldades físicas para movimentar os músculos da língua, lábios e boca também podem impedir a produção de sons. Um exemplo comum é o freio lingual curto (conhecido como “língua presa”), que limita o movimento da língua e, assim, dificulta a fala.

• Poucos estímulos: Crianças que crescem em um ambiente com pouca estimulação verbal podem ter mais dificuldades para desenvolver a fala. A falta de interação social, conversas e brincadeiras que incentivem a comunicação impacta diretamente a capacidade da criança de aprender a se expressar.

• Condições neurológicas: Apraxia de fala (dificuldade em coordenar os movimentos para falar), deficiência intelectual e transtorno do espectro autista (TEA) são fatores que podem contribuir para o atraso na fala.

• Histórico familiar: se outras pessoas da família também tiveram atraso na fala, aumenta-se a probabilidade da criança também apresentar essa condição. 

Em que idade é considerado atraso na fala? 

Não existe uma idade específica que caracteriza o atraso na fala. Na verdade, essa condição pode acontecer em qualquer idade. O que vai determinar um atraso ou não é se a criança está dentro dos marcos de desenvolvimento de acordo com sua faixa-etária. Por exemplo: é normal um bebê de 2 anos não falar? Não, porque, de acordo com os marcos, a criança nessa idade já deve ser capaz de criar frases curtas com pelo menos duas palavras. Porém, um bebê de 6 meses que não fala está totalmente dentro do esperado.  

Quais são os sinais de atraso na fala?

Os sinais de atraso na fala variam de acordo com a idade que a criança apresenta. Confira: 

• Entre 6 meses e 1 ano: Nessa faixa etária, a criança já deve começar a balbuciar e a emitir sons, como se estivesse imitando a fala dos adultos. Os principais sinais de atraso na fala são: não balbuciar ou emitir sons, não reagir a sons e não se assustar com barulhos altos.

• Entre 1 e 2 anos: A criança geralmente começa a falar as primeiras palavras a partir dos 12 meses. Nesse momento, ela passa a reproduzir sílabas e palavras curtas, como “papai” e “mamãe”. Além disso, ela começa a usar gestos para se comunicar, como apontar para o que quer. Os principais sinais de atraso na fala são: não dizer as primeiras palavras, não reagir quando falam com ela, não usar gestos para se comunicar e não combinar pelo menos duas palavras para formar frases curtas.

• Entre 2 e 3 anos: Nessa faixa etária, a criança já deve ter um vocabulário de 50 a 100 palavras e ser capaz de formar frases curtas com duas ou mais palavras, como “quero brincar” ou “mais água”. Os principais sinais de atraso na fala incluem: vocabulário limitado, dificuldade em formar frases, problemas para pronunciar as palavras e não responder bem a instruções simples.

• Entre 3 e 4 anos: Nessa faixa etária, a criança já deve ser capaz de criar frases mais longas (de três a quatro palavras). A fala é mais clara e, mesmo com pequenos erros de pronúncia, já é compreensível para a maioria dos adultos. A criança usa a linguagem para expressar sentimentos e fazer perguntas. Os principais sinais de atraso na fala são: dificuldade em combinar palavras para formar frases mais longas, fala que é difícil de entender por adultos, não fazer perguntas e não usar a fala para se comunicar sobre o que sente.

Quando procurar um fonoaudiólogo para atraso na fala? 

É essencial procurar um fonoaudiólogo assim que os sinais de atraso na fala surgirem. Crianças não percebem suas próprias dificuldades, então é responsabilidade dos pais e cuidadores estarem atentos para buscar ajuda profissional ao menor sinal. Você pode começar conversando com o pediatra, que fará o encaminhamento. As consultas de fonoaudiologia não apenas ajudam a criança a falar melhor, mas também a se comunicar de forma mais eficaz, o que melhora sua confiança, autoestima e interações sociais. Lembre-se: quanto mais cedo o tratamento começar, mais rápido a criança desenvolverá suas habilidades de fala e linguagem.

Como ajudar no atraso na fala dentro de casa? 

Os pais e cuidadores podem fazer a sua parte para evitar o atraso na fala, já que o ambiente de convívio influencia diretamente o desenvolvimento da criança. Uma dica simples e eficaz é conversar sempre com os pequenos, mesmo antes que eles comecem a falar. Descreva o mundo ao redor, compartilhe sobre o seu dia e faça perguntas, mesmo sem esperar uma resposta. Leia em voz alta e use a interação diária para familiarizar a criança com os sons, porque tudo isso estimula a fala. Quando a criança começar a falar, incentive a comunicação fazendo perguntas e incentivando respostas. Outra dica fácil e divertida é cantar ou colocar canções para ela ouvir. A música é uma excelente ferramenta para incentivar o desenvolvimento da fala.

Além do estímulo verbal, é importante cuidar do corpo da criança como um todo para garantir um bom desenvolvimento da fala. Uma rotina de sono adequada, brincadeiras que incentivem o movimento e uma alimentação balanceada são essenciais para o crescimento saudável. O Leite Fermentado Chamyto pode ser um grande aliado nesse processo! Ele é uma ótima fonte de zinco, nutriente que contribui para o desenvolvimento cognitivo. Já o Iogurte Chamyto também é rico em cálcio, um mineral fundamental para o funcionamento neuromuscular. Assim, incluir Chamyto na dieta é uma forma prática e nutritiva de incentivar uma alimentação saudável, que também apoia o desenvolvimento da fala.